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Javier Milei e sua motosserra, o novo poder na Argentina
Uma motosserra ligada que Javier Milei agitava de um lado para o outro durante a campanha se transformou no símbolo do novo presidente da Argentina, um libertário e ultraliberal que prometeu cortar gastos, reduzir o tamanho do Estado e tirar o país da crise.
Neste domingo (10), acaba de tomar posse para um governo de quatro anos e o quão afiada está sua faca se saberá com as primeiras medidas voltadas para um drástico ajuste.
"Viva a liberdade, caralho!", é seu grito de guerra. Economista de extrema direita, é chamado de "leão" por seus cabelos cuidadosamente despenteados, que ele combina com uma jaqueta de couro para alimentar uma imagem de rebelde.
Milei, de 53 anos, ficou conhecido por sua participação como comentarista em programas de televisão, com um estilo beligerante, repleto de palavrões e gritos.
"A maior força de Milei é sua coragem para dizer a verdade aos argentinos e sua valentia para enfrentar os interesses impregnados da casta política", disse à AFP Santiago Oría, diretor do documentário "Javier Milei, a revolução liberal".
Antes disso, Milei foi assessor em empresas privadas, palestrante, ator de teatro, vocalista de uma banda de rock e até goleiro do clube de futebol Chacarita Juniors.
Com pouco mais de dois anos na política, sua carreira teve uma ascensão meteórica. Na primeira eleição que disputou, em 2021, tornou-se deputado. Na segunda, este ano, venceu a presidência.
- Pragmatismo -
Desde que foi eleito, no entanto, Milei tem demonstrado maior pragmatismo em relação a suas propostas mais radicais, como dolarizar a economia, fechar o banco central e acabar com a educação pública gratuita.
Com uma representação minoritária no Congresso de seu incipiente partido A Liberdade Avança, Milei decidiu somar forças em seu governo com parte da "casta", como ele mesmo define os políticos tradicionais. Nomeou como ministra da Segurança a conservadora Patricia Bullrich e da Defesa, Luis Petri, os ex-candidatos à presidência e vice-presidência que o apoiaram no segundo turno.
Também minimizou algumas de suas declarações mais polêmicas. "Não há nada mais injusto que a justiça social", proclamou, em contraposição à concepção assistencialista, mas esclareceu depois que manterá ajudas sociais "aos caídos".
Em sua concepção de mundo, Milei nega a influência do homem na mudança climática, não reconhece a desigualdade salarial entre homens e mulheres e considera o aborto legal "uma política assassina".
Também rompeu o consenso da sociedade argentina sobre a ditadura (1976-1983), ao declarar que foram cometidos "excessos", fazendo pouco caso dos crimes contra a humanidade pelos quais centenas de militares foram condenados, e questionando o número de 30.000 pessoas desaparecidas.
- Karina e Conan -
Pouco se sabe de sua intimidade. Milei nunca se casou e apenas reconhece como "filhos de quatro patas" seus cães da raça mastim-inglês. Há poucos meses iniciou uma relação com a atriz Fátima Flórez.
Nasceu em Buenos Aires no seio de uma família de classe média e católica, embora tenha se aproximado do judaísmo nos últimos anos, ao ponto de ter um rabino como um de seus conselheiros mais próximos.
Teve uma infância marcada pela violência de seu pai, de quem se afastou durante anos. "Todos esses espancamentos que eu recebia quando era pequeno fazem com que hoje eu não tenha medo de nada", disse ele em uma ocasião.
Sua irmã Karina, dois anos mais nova, é a pessoa mais próxima dele, e a que exerce maior influência. "Sem ela, não haveria nada disso. Eu sou um grande divulgador, mas foi ela que conseguiu levar tudo isso adiante", disse Milei sobre a irmã.
"Tive momentos na minha vida muito, muito ruins. E os únicos que estavam a meu lado eram minha irmã e Conan", disse o agora presidente, ao também se referir a seu primeiro cão, já falecido. "Eles nunca me traíram", frisou.
Graduado em economia na Universidade de Belgrano, é também doutor pela Universidade de Buenos Aires. Publicou diversos livros e também foi acusado de plagiar parágrafos inteiros.
Seus professores o recordam como um "excelente aluno". "Era muito inteligente e aplicado, com particular facilidade para a matemática. Se destacava por ser muito trabalhador", contou à AFP Víctor Beker, então diretor da faculdade de economia.
A.Leibowitz--CPN